Penas
Sou daqueles que acham que esta coisa duma suposta pandemia da gripe das aves que irá em breve atingir a Europa é apenas mais um daqueles episódios cíclicos de histeria colectiva induzida. Nunca se chega a perceber muito bem quem é que promove estas coisas mas o certo é que volta e não volta lá damos por nós a ser bombardeados com notícias alarmantes do género:
- bug do ano 2000, que nunca aconteceu;
- proliferação da doença das vaca-loucas, que nunca aconteceu;
- chegada ao hemisfério norte das abelhas assassinas africanas, que nunca chegaram;
- chegada de onda gigante que iria arrasar a costa algarvia e dar cabo do negócio ao Zézé Camarinha e que, claro, nunca chegou;
- pioneses infectados com HIV nas cadeiras dos cinemas, que, claro, nunca espetaram ninguém;
- outras coisas mais que agora não me recordo;
O que é mais engraçado no meio de tudo isto é que anda toda a gente muito preocupada com um papagaio que bateu as botas em Inglaterra ou com umas gaivotas que apareceram mortas ali para os lados de Peniche e ninguém quer saber dos pombos que jazem em cima do telhado aqui do prédio em frente, bem visíveis da janela da sala de onde vos escrevo. Terão eles morrido de gripe? Aqueles que ainda por aqui andam com um ar amurrinhado e as penas mal alinhavadas, estarão engripados? Meus amigos, se a gripe das aves cá chegar, estou condenado porque convivo diariamente com os milhares de pombos que habitam em Lisboa, os mesmos que desfazem tudo quimicamente com o seu cocó corrosivo e que já me devem ter começado a lixar os pulmões com a infinidade de doenças respiratórias que as suas penas e respectivos ácaros e piolhos ajudam a proliferar. Por outro lado não lhes quero mal, até acho que o pombo é um bicharoco engraçado, com um andar patusco e tal. De quem eu não gosto mesmo é das septuagenárias que lhes dão de comer (suponho que elas também não gostem de mim), mas pronto, isso para o caso também não interessa nada.
- bug do ano 2000, que nunca aconteceu;
- proliferação da doença das vaca-loucas, que nunca aconteceu;
- chegada ao hemisfério norte das abelhas assassinas africanas, que nunca chegaram;
- chegada de onda gigante que iria arrasar a costa algarvia e dar cabo do negócio ao Zézé Camarinha e que, claro, nunca chegou;
- pioneses infectados com HIV nas cadeiras dos cinemas, que, claro, nunca espetaram ninguém;
- outras coisas mais que agora não me recordo;
O que é mais engraçado no meio de tudo isto é que anda toda a gente muito preocupada com um papagaio que bateu as botas em Inglaterra ou com umas gaivotas que apareceram mortas ali para os lados de Peniche e ninguém quer saber dos pombos que jazem em cima do telhado aqui do prédio em frente, bem visíveis da janela da sala de onde vos escrevo. Terão eles morrido de gripe? Aqueles que ainda por aqui andam com um ar amurrinhado e as penas mal alinhavadas, estarão engripados? Meus amigos, se a gripe das aves cá chegar, estou condenado porque convivo diariamente com os milhares de pombos que habitam em Lisboa, os mesmos que desfazem tudo quimicamente com o seu cocó corrosivo e que já me devem ter começado a lixar os pulmões com a infinidade de doenças respiratórias que as suas penas e respectivos ácaros e piolhos ajudam a proliferar. Por outro lado não lhes quero mal, até acho que o pombo é um bicharoco engraçado, com um andar patusco e tal. De quem eu não gosto mesmo é das septuagenárias que lhes dão de comer (suponho que elas também não gostem de mim), mas pronto, isso para o caso também não interessa nada.
2 Comments:
At 25/10/05 14:08, lpf said…
Ninguém gosta das esxagenárias/septagenárias (aos cinquenta ainda há quem goste delas)... por isso é que elas tentam que os pombos gostem delas. Para se sentirem úteis! Da próxima pergunta a uma delas se não preferia ir a tua casa fazer uma limpeza geral?
E elas também têm um andar patusco!
At 25/10/05 16:07, Anónimo said…
Tá giro. ehehehe.
Mas olha, comparar isto com a onda do Algarve também me parece um bocado forçado.
Um abraço
RV
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