quatro minutos depois das sete

hora de partida para outro lado qualquer...

quinta-feira, março 02, 2006

Há algo de muito errado com a educação para a Cultura em Portugal!

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... quando se assiste a um espectáculo de Teatro em que as actrizes em palco têm idades que rondam os 60, 70, 80 anos, demonstram ter ainda uma capacidade extraordinária de interpretar, dizer texto, cantar e dançar... todas as noites, durante meses... E o público não responde e nem sabe aplaudi-las com a admiração correspondente!
Como é possível que o público português (um público que continha novíssimos, novos, menos novos, mais velhos) não saiba que nunca se pára de bater palmas até que o último actor saia de cena?!?!?!
Quem é que lhes devia ter ensinado que há códigos que expressam respeito pelos artistas?
Quem é que não lhes disse que assistir a um espectáculo envolve um certo número de rituais que envolve o público para além dos intépretes?

Este desabafo não serve para mais do que isso: para desabafar, eu sei.
Mas, por favor!
Se forem ao Teatro Nacional D. Maria II até ao dia 2 de Abril, não deixem de aplaudir o esforço, o entusiasmo e a dignidade com que estas actrizes desempenham, noite após noite, os seus papéis, de forma admirável!
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A Mais Velha Profissão
de Paula Vogel
Sala Garrett
29 de Dez 2005 a 02 de Abr 2006

FERNANDA MONTEMOR | MARIA JOSÉ | GLÓRIA DE MATOS
LIA GAMA | LURDES NORBERTO


4ª a Sábado 21H30

Domingo às 16H00


TRADUÇÃO: PEDRO CAVALEIRO | GRAÇA CORREIA
ENCENAÇÃO: FERNANDA LAPA
CENÁRIO | FIGURINOS: ANTÓNIO LAGARTO
DESENHO DE LUZ: NUNO MEIRA
DIR. MUSICAL: JEFF COHEN
MOVIMENTO: MARTA LAPA
VOZ E ELOCUÇÃO: LUÍS MADUREIRA
ASSISTENTE DE CENOGRAFIA:
CATARINA VARATOJO


"A acção desenrola-se num banco de jardim na Verdi Square, Broadway, Nova Iorque, em 1981, pouco depois da eleição de Ronald Reagan. Esta peça tem cinco personagens, cinco prostitutas em final de longas carreiras: Mae - a madame -; Úrsula; Lillian; Vera e Edna - as “meninas”. A mais nova tem 72 anos e, enquanto esperam os seus clientes, as mulheres relembram os seus primeiros tempos em Nova Orleães onde, segundo Mae, “a profissão era honesta”. São mulheres de negócio cujos clientes estão literalmente em extinção: um deles foi raptado pelos filhos; outro julga estar em 1940 e insiste em pagar com meias de seda e outros estão no hospital e talvez não voltem.

Paula Vogel – prémio Pulitzer com Como Aprendi a Conduzir – “utiliza” as suas personagens, as velhas prostitutas, para polemizar sobre a situação económica da mulher numa sociedade masculina.

Fernanda Lapa"


3 Comments:

  • At 2/3/06 11:56, Blogger Duda said…

    Tou mesmo a ver cena: ficaste a bater palmas sózinha...

     
  • At 2/3/06 12:01, Blogger mc said…

    Bom... só não fiquei a bater palmas sozinha porque estava acompanhada por 2 pessoas de extremo bom gosto e com uma noção muito apurada do que é o trabalho artistíco. Papai e Mamãe... voilà!

     
  • At 2/3/06 23:34, Blogger bissaide said…

    Ainda não vi a peça, mas de certeza que qualquer uma das 5 merece a ovação até ao fim! E o resto da equipa também, claro. Mas... assim vai o povo lusitano!

     

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