quatro minutos depois das sete

hora de partida para outro lado qualquer...

sábado, novembro 25, 2006

Passam hoje


Trinta e um anos. Para uns o fim da festa, para outros o fechar de portas a novos totalitarismos. Pela minha parte, mais do que certezas que não tenho, fica a verdade dos sonhos que muitos sonharam na canção que também ficou.


Eu Vim de Longe, José Mário Branco


Quando o avião aqui chegou
Quando o mês de maio começou
Eu olhei para ti
Então entendi
Foi um sonho mau que já passou
Foi um mau bocado que acabou
Tinha esta viola numa mão
Uma flor vermelha n´outra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a fronteira me abraçou
Foi esta bagagem que encontrou


Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p´ra aqui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p´ra nos dar

E então olhei à minha volta
Vi tanta esperança andar à solta
Que não hesitei
E os hinos cantei
Foram feitos do meu coração
Feitos de alegria e de paixão
Quando a nossa festa se estragou
E o mês de Novembro se vingou
Eu olhei p´ra ti
E então entendi
Foi um sonho lindo que acabou
Houve aqui alguém que se enganou
Tinha esta viola numa mão
Coisas começadas noutra mão
Tinha um grande amor
Marcado pela dor
E quando a espingarda se virou
Foi p´ra esta força que apontou

Eu vim de longe
De muito longe
O que eu andei p´ra aqui chegar
Eu vou p´ra longe
P´ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p´ra nos dar

2 Comments:

  • At 28/11/06 09:47, Blogger boneca said…

    então?... que desânimo!! os trinta são a melhor década:)

     
  • At 28/11/06 11:10, Blogger Duda said…

    Estava-me a referir ao 25 de Novembro de 1975, o golpe militar a respeito do qual ainda não há consenso histórico, era esse o acontecimento que fez 31 anos.

    De resto concordo, os trintas têm o seu encanto.

     

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