quatro minutos depois das sete

hora de partida para outro lado qualquer...

quarta-feira, novembro 30, 2005

Can I change your mind?




"Racey days
Help me through the hopeless haze
But my oh my
Tragic eyes
I can't even recognise myself behind
So if the answer is no
Can I change your mind

Out again, a siren screams at half past ten
And you won't let go
While I ignore that we both felt like this
Before it starts to show
So if I had a chance
Would you let me know

Why aren't you shaking
Step back in time
Graciously taking
Oh you're too kind

And if the answer is no
Can I change your mind

We're all the same
And love is blind

The sun is gone
Before it shines

And I said if the answer is no
Can I change your mind"

(The Killers)

terça-feira, novembro 29, 2005

Esta e outras...


pérolas que tais, em:


http://www.cavacosilva.pt

A Espuma das Canções



É lançado hoje o novo album de originais de Rui Veloso.
Para mais informações, visitar o site do compositor/ intérprete.

Aleluia!!!



Ontem recebi finalmente uma sms da FNAC a avisar que o cd que eu encomendara já estava disponivel na loja do Chiado.

Gravado no Auditorium Santa Cecilia em Setembro de 2002 e editado pela EGEA records da Itália, este cd de obras compostas pelos próprios intérpretes, features:

John Taylor no piano
Steve Swallow no baixo
Gabriele Mirabassi no clarinete.

segunda-feira, novembro 28, 2005

No self-control...





No sábado, lá teve que ser...
A ser "cortejado" desde que saiu em 2003...
Mais um cd do Peter Gabriel.
Desta vez em jeito de best of, duplo, por 9,95 € na FNAC.
Was that a bargain, or what?

sexta-feira, novembro 25, 2005

Este fim-de-semana na CULTURGEST

quinta-feira, novembro 24, 2005

PARABÉNS ao BLOG!!!



PARABÉNS a ti, Duda!

PARABÉNS a mim!

PARABÉNS a nós!


Que é como quem diz:

PARABÉNS ao QUATRO MINUTOS DEPOIS DAS SETE!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Richard Bona



No serão de ontem à noite, debaixo de mantas e mantinhas, fazendo zapping como tanto gosto, passei pelo canal 20 da tv cabo. E por lá fiquei. Como fico quase sempre. Falta dizer que na minha televisão o canal 20 sintoniza o Mezzo.
Ontem passava um concerto de um grande baixista, camaronês dono de um timbre que só encontramos em vozes do lado de lá. De África.
Os ritmos africanos fundidos na sofisticação e na técnica do jazz encantaram-me, a par com a chamada "dialéctica artista-público-público-artista" que o senhor demonstrou.
Quis saber mais e descobri que do cv deste senhor constam colaborações com artistas tão pouco famosos quanto Salif Keita, Manu Dibango, Brandford Marsalis, Bobby McFerrin, Pat Metheny ou Mike Stern. Pouco importante, portanto.

Mas importante, importante, é que descobri um dos virtuosos do meu instrumento favorito e vou tentar estar atenta à sua carreira. E estou cheia de curiosidade!!!

A bem da Nação II

Numa altura em que os restantes candidatos vagueiam por entre acções de campanha no estrangeiro (dá sempre jeito ir para os trópicos quando por cá está de chuva), disputas pessoais (do género "O Zé convidou-me a mim primeiro, o Mário chegou-se à frente depois.") e outras querelas despojadas de qualquer pertinência democrática e institucional, é bom saber que ainda há gente séria na política.


Hoje | 23 Nov | Culturgest | 18h30



Ciclo de Conferências sobre Óperas "(mal) amadas", marginalizadas ou esquecidas, já na sua segunda série (de 1901 a 1950).

Hoje EUGÉNIO SENA fala de "Brundibár" (1943) de Hans Krása (1899-1944).

terça-feira, novembro 22, 2005

Tadinha da miúda...

"Johannes Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg. Nascido em 1398. Presume-se que tenha falecido a 3 de Fevereiro de 1468. Um operário metalúrgico e inventor alemão, a quem se deve, na década de 1440, a invenção da imprensa. O poder da criação de Gutenberg seria demonstrado em 1455, ano em que o inventor editaria a famosa Bíblia em dois volumes. Sim, a Bíblia de Gutenberg tornou-se num marco notável na História das palavras impressas. Até ao passado fim-de-semana.
No passado fim-de-semana, o semanário português O INDEPENDENTE publicou, discretamente, no seu suplemento VIDA, uma coluna de opinião da autoria de Catarina Jardim. Quem é Catarina Jardim? Nada mais, nada menos do que a popular Pimpinha Jardim. Que fica desde já a ganhar a Gutenberg neste ponto - Gutenberg não tinha nenhum nome de mimo. Ele era capaz de gostar de ter um nome de mimo - não deve ser fácil ser Johannes Gensfleisch ZurLaden Zum Gutenberg - mas creio que ainda não era muito comum, na Alemanha do século XV, atribuirem-se nomes de mimo. Muita sorte se alguma das namoradas lhe chamou alguma vez JOGU, o único diminutivo aceitável de Johannes Gutenberg. E mesmo assim não é muito aceitável, porque soa demasiado próximo a iogurte, e isso é uma indústria completamente diferente daquela na qual Gutenberg se movia.
Voltemos então a Catarina Jardim e à sua coluna no jornal. O título do artigo é TODOS A BORDO, e trata-se - como o nome indica - de um relato detalhado sobre um cruzeiro a África que a jovem fez. Ela diz, no início "O cruzeiro a África foi uma loucura, pode mesmo dizer-se que foi o cruzeiro das festas - como alguns dos convidados chamavam ao navio em que Luís Evaristo nos presenteou com MAIS UM BeOne on Board". Gosto da maneira como ela fala, sem explicações nem perdas de tempo, de pessoas e iniciativas sobre as quais boa parte dos leitores não faz a mínima ideia quem sejam ou no que consistem. Nada contra - isto faz com que qualquer leitor se sinta cúmplice e rapidamente imerso no universo Pimpinha. Adiante. Ficamos a saber que ela esteve em Tânger, e que a experiência foi, possivelmente a mais marcante da vida desta jovem. Passo a ler o que ela escreve: "Tânger é bastante feia, muito suja e as pessoas têm um aspecto assustador." Nunca fui a Tânger, mas já fui a sítios parecidos e subscrevo inteiramente as palavras de Pimpinha. Malditas pessoas pobres, que só estragam o nosso planeta com a sua sujidade e o seu ar assustador! É preciso ser-se mesmo ruim para se escolher ser pobre, quando se pode ser tão limpo e bonito. Quando se pode ser, em suma, rico.
Eu penso que a Pimpinha acertou em cheio na raiz de todos os problemas mundiais da pobreza. Andam entidades a partir a cabeça em todo o mundo a pensar nisto, andou a Princesa Diana a gastar tantas solas de sapatos caros a visitar hospitais, capaz de apanhar uma doença, quando nós temos a Pimpinha com a solução. Se calhar basta lavar estas pessoas, e talvez - acompanhem-me neste raciocínio; Pimpinha vai ficar orgulhosa de mim - se calhar basta lavar estas pessoas, e em vez de gastar rios de dinheiro a mandar comida para África, porque não os Médicos Sem Fronteiras passarem a andar munidos de botox. Botox! Reparem: não é fazer cirurgias plásticas a toda esta gente feia que vive nestes países, porque isso seria demais. Mas, que diabo - botox? Vão-me dizer que não é possível ir de vez em quando a estes sítios e dar botox a estas pobres almas? Como o mundo ficaria mais bonito. Adiante.
Pimpinha desabafa, dizendo, sobre as pessoas de Marrocos, "apesar de já ter viajado muito, nunca tinha visto uma cultura assim - e sendo eu loura, não me senti nada segura ou confortável na cidade". Talvez. Mas vamos supor que trocavam Pimpinha por, vamos supor, 10 mil camelos. Era um bom negócio para o Independente. Dos 10 mil, escolhia, vamos lá, 2 para passar a escrever a coluna - o que poderia trazer melhorias significativas de qualidade - e ainda ficava com 9 mil 998. O que, tendo em conta que Portugal está a ficar um deserto, pode vir a revelar-se um investimento de futuro. Pimpinha prossegue: "Já em segurança, animou-me a festa marroquina, com toda a gente trajada a rigor". Suponho que, para a Pimpinha Jardim, "uma festa marroquina com toda a gente trajada a rigor", tenha sido assim tipo uma festa de Halloween, tendo em conta que os marroquinos são - como a colunista diz umas linhas acima - gente feia como nunca se viu. Adiante. Ela diz: "A seguir ao jantar, mais um festão que voltou a acabar de madrugada". Calma - esclareçam-me só neste aspecto, para eu não me perder. Portanto, houve uma festa, não é? E a seguir, outra festa. OK. Uma pessoa corre o risco de se perder nestes cruzeiros, com toda esta variedade de coisas que acontecem. Diz Pimpinha: "Desta vez não deu mesmo para dormir já que fomos expulsos dos camarotes às 9 da manhã, para só conseguirmos sair do navio lá para as 14 horas. Tudo porque um marroquino se infiltrara no barco e passara uma noite em grande, uma quebra inadmissível na segurança". Ora bom. Ora bom, ora bom, ora bom, ora bom. Portanto, aqui a questão é: viagens a Marrocos e festas com pessoas vestidas de marroquinos, tudo bem. Agora, se pudessem NÃO ESTAR LÁ os marroquinos, isso é que era jeitoso. Malditos marroquinos, sempre com a mania de estarem em Marrocos. E como é que acontece esta quebra de segurança? Eu compreendo o drama de Pimpinha. É que o facto da segurança deixar entrar um estafermo marroquino vestido de marroquino, numa festa com gente bonita vestida de marroquina, isso só vem provar que, se calhar, os amigos da Pimpinha não são assim tão mais bonitos do que essa gente feia de Marrocos. E isso é coisa para deixar uma pessoa deprimida. Temos nós a nossa visão do mundo tão certinha e de repente aparece um marroquino e uma brecha na segurança... Enfim - nada que uma ida às compras não resolva, ao chegar a Lisboa, certo, Pimpinha? Adiante.
Diz Pimpinha: "Já cá fora esperava-nos um grupo de policias com cães, para se certificarem de que ninguém vinha carregado de mercadorias ilegais - e não sei como é que, depois de tantos avisos da organização, ainda houve quem fosse apanhado com droga na mala!" DROGA? NUMA FESTA DO JET SET PORTUGUÊS? NÃO! COMO? NÃO. Recuso-me a acreditar. Deve ter sido confusão, Pimpinha. Era orégãos. Era especiarias. Pimpinha Jardim declara: "Mas o saldo foi bastante positivo. Aliás, devia haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes". Gosto desta Pimpinha interventiva. Sim senhor, diga tudo o que tem a dizer. Faça estremecer o mundo. E com assuntos que valham a pena. Aliás, era capaz de ser uma boa ideia escrever um e-mail ao Bob Geldof a tentar fazê-lo ver que essa história de organizar concertos para combater a pobreza em África... Para quê? Geldof devia começar era a organizar concertos para chamar a atenção do mundo para a falta de cruzeiros com festas. Isso é que era. Mania das prioridades trocadas. Que maçada. Mesmo no final, a colunista remata dizendo: "Devia haver mais gente a arriscar fazer eventos como estes - já estamos todos fartos dos lançamentos, "cocktails" e festas em terra". Aprecio aqui duas coisas: a utilização do "já estamos todos", como se Pimpinha voltasse a acolher o leitor no seu regaço como que dizendo: "Sim, tu és dos meus e também estás farto de lançamentos, 'cocktails' e festas em terra. Excepto se fores marroquino, leitor. Se for esse o caso, por favor, exclui-te deste 'todos' ou então vai tomar banho antes, e logo se vê". Depois, é refrescante saber que Pimpinha está farta de lançamentos, 'cocktails' e festas. Eu julgava que nos últimos dias a tinha visto em cerca de 250 revistas em lançamentos, 'cocktails' e festas, mas devia ser outra pessoa. Só pode ser. Confusões minhas.
Em suma: finalmente, há outra vez uma razão para ler O INDEPENDENTE todas as semanas. Tardou, mas não falhou. Pimpinha Jardim é a melhor aquisição que um jornal já fez em toda a História da Imprensa mundial. "
Nuno Markl





Lupanar | Hoje | 22 Nov | ZDB | 23h00




"Os LUPANAR, bordel artístico-musical, existem desde Julho 2001 com o objectivo de criar uma possível musicalidade portuguesa.
Possuídos por uma urgência contagiante os LUPANAR surpreendem pelas ideias musicais dificilmente catalogáveis, pela inventividade das letras em português, pelas melodias estranhas, pelo rasgar da estrutura da canção.
Em 2005 editam "Abertura" (Edição de Autor), o muito aguardado disco de estreia. O conceito subjacente ao álbum é mostrar o ecletismo e a variedade do universo dos LUPANAR. Assim, é um álbum assumidamente heterógeneo.
Conta com a colaboração de algumas personalidades importantes da Música Portuguesa: Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), Nuno Reis (Ena Pá 2000 e ex-Cool Hipnoise), Luís Fernandes (músico e actor)."

À actuação de Lupanar segue-se BARBEZ dos EUA.

Entrada: 7,5 €

segunda-feira, novembro 21, 2005

Cidadão preocupado

Palavras para quê...

sexta-feira, novembro 18, 2005

Hoje | 18 Nov | Culturgest | 21h30



CANÇÕES E FUGAS de Mário Laginha

Tu? Ou Eu?



SANGUE FRIO

"Tu nunca choras ao ver sangue
Tu nunca sangras quando sofres
Guardas a dor dentro do cofre

Se alguém decifra o segredo
E se pica no teu ferrão azedo
Tu lambes-lhe o sangue do dedo
Tu nunca choras ao ver sangue
Tu nunca ficas transparente
És daquela raça tão rara
Que tem no olhar o gelo quente

Se alguém te atinge o coração
Aguentas o baque
De frente
E sentes uma oscilação

Defendes-te com uma paixão competente
E encarnas tão impunemente
A pele de um animal de sangue quente
Que ama a sangue frio

Tu nunca choras ao ver sangue
Tu nunca ficas transparente
És daquela raça tão rara
Que tem no olhar o gelo quente
Gelo quente
Quente e frio"

(Letra: Carlos Tê)

quinta-feira, novembro 17, 2005

Who are you?

Não sei se esta é "a" música de David Fonseca, a melhor composição da sua vida.
Esperemos que não. Que este seja um começo. (Ou então as expectativas para o próximo album não serão grande coisa!)
Por mim... gosto...



"Ever since I saw you
I want to hold you
Like you were the one

It sees right through me
A bullet it comes and takes me
And I love you I love you
I want you but I fear you

Who are you ?
Who are you?

Ever since I saw you
I want to hold you
Like you were the one

You feet rest on my shoes
I sing this song for you
Just to see you smile

And I love you I love you
I love you but I fear you

Who are you?
Who are you?

For how long
How strong do I still have to be?
How come you mean so much to me?

For how long
How strong do I still have to be?
How come you mean so much to me?

And I love you I love you
I want you but I fear you

Who are you?
Who are you?

For how long
How strong do I still have to be?
How come you mean so much to me?

For how long
how strong do I still have to be?"

quarta-feira, novembro 16, 2005

Busta Rhymes no Pavilhão Atlântico: Desilusão!

Espelho meu

A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como matéria-prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais o que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO. Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos. Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.

Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é "muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica. Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar a alguns. Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser "compradas", sem se fazer qualquer exame.

Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.

Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado. Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.
Como "matéria-prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximo que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror? Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados...igualmente abusados!!!
É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias. Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamente tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro que o encontrarei quando me olhar no espelho. Aí está. Não preciso procurá-lo em outro lado.

Eduardo Prado Coelho

terça-feira, novembro 15, 2005

Conta-me historias...




"Agora que pousas a cabeça
Na almofada, e respiras satisfeito
Quero o teu amor sem sentido
Nem proveito

Agora que repousas
Lentamente sigo a curva do teu peito
Procuro o segredo do teu cheiro

Juntos fomos correndo lado a lado
Juntos fomos sofrendo ter amado
Amas a vida, E eu amo-te a ti
Conta-me histórias daquilo que eu não vi
Conta-me histórias daquilo que eu não vi

Logo juntas a tua roupa
E dizes que a vida está lá fora
Passou a minha hora
Passou a minha hora"

(Versão Clã)

Hoje | 15 Nov | Pavilhão Atlântico | 21h30



Por isso, já sabem.
Se precisarem de entrar em contacto comigo, é favor ligar para o Pavilhão Atlântico e chamarem-me à "recepção"!

segunda-feira, novembro 14, 2005

A bem da Nação



Vamos ajudar a dar a Portugal o Presidente que os Portugueses merecem!

em http://www.vieira2006.com/

Um sucesso!



Doninha em Paris na sexta-feira passada...

domingo, novembro 13, 2005

Peter Gabriel admite reunião dos Genesis

A Ilha Encantada



Estreou ontem no Teatro Nacional D. Maria II.
Esta versão de Shakespeare foi adaptada por Hélia Correia e encenada por João Ricardo.

Uma co-produção da CULTURPROJECT para maiores de 6, recomendável para adultos.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Ritinha




O que é que posso dizer num dia que é tão importante para ti como o de hoje?

Para a tua nova vida, desejo:

Que encontres as respostas para as tuas dúvidas.
Que saibas onde está a tua tranquilidade.
Que a alegria encha os teus olhos esperançosos.
Que sorrias!

E que te divirtas!

Que sejas MUITO FELIZ, amiga!

Hoje | 11 Nov | Culturgest | 21h30



Bob Brookmeyer New Art Orchestra

ROMEU E JULIETA

ROMEO
"O blessed, blessed night! I am afeard.
Being in night, all this is but a dream,
Too flattering-sweet to be substantial."

JULIET
"Three words, dear Romeo, and good night indeed."




Estreou ontem no São Luiz, em Lisboa.

quinta-feira, novembro 10, 2005

The roof, the roof, the roof is on fire

Por este andar vai deixar de haver engarrafamentos em França.


Je suis pas content

Por uma vez dava jeito que o equívoco não fosse equívoco...

Já não sou quem era...



"Já não sou quem era
meus sonhos não são iguais
Já não sou quem era
a hora se encerra
e eu sinto que me estou a agitar

Já não fico à espera
já não fico à espera mais.
Já não fico à espera
de ver acender essa luz
que me quer ofuscar.

Já vejo com os meus olhos
já vejo sem me deslumbrar
vejo as limitações
vejo com os meus olhos
vejo sem me enganar.

Vi as ilusões
conheço as limitações
já não sou quem era."

(António Variações pelos Humanos)

terça-feira, novembro 08, 2005

Hoje | 9 Novembro | Speakeasy | 23h30



Concerto | Lançamento 2º single | álbum "Andei..." | Luiz e a Lata

É preciso ter cuidado com ela!

The Beautiful People


Sempre achei uma certa piada a este rapaz e depois de ver, aqui há uns aninhos, a entrevista dele ao Michael Moore no Bowling for Colombine, passei a gostar mais ainda. Acho que deve ser assim que ele se idealiza a si próprio...





+ =






domingo, novembro 06, 2005

SECRET HEART


.
"Secret heart
What are you made of
What are you so afraid of
Could it be
Three simple words
Or the fear of being overheard
What's wrong
.
Let her in on your secret heart
.
Secret Heart
Why so mysterious
Why so sacred
Why so serious
Maybe you're
Just acting tough
Maybe you're just not bad enough
What's wrong
.
Let her in on your secret heart
.
This very secret
That you're trying to conceal
Is the very same one
You're dying to reveal
Go tell her how you feel
Secret heart come out and share it
This loneliness, few can bear it
Could it have something to do with
Admitting that you just can't go through it alone
.
Let her in on your secret heart
.
This very secret
That you're trying to conceal
Is the very same one
That you're dying to reveal
Go tell her how you feel
This very secret
Go out and share it
This very secret"
.
(Letra de Ron Sexmith por FEIST no álbum Let it Die)

sexta-feira, novembro 04, 2005

A propósito das Presidenciais

Pronto... Ja passou...



Foi ontem e fez-me estar toda a noite agarrada à tv.
Gostei!
Pois que os artistas eram bons...
O espaço imponente...
Pois que reuniu muita gente do show business...
Gostei!
Pois que continuo sem perceber porque foi Nuno Gomes apresentar um prémio com o Figo, porque ganharam os The Gift o título de melhor grupo português ou como é que a Shakira pode ter sido considerada melhor cantora...

Destaco (claro!) Robbie Williams mergulhando na multidão, Gorilazz em grande tal como Green Day (que saudades tinha de os ver tão enérgicos), e umas surpreendentemente non playback singers chamadas Pussy Cat Dolls.
Gostei!
A intervenção do actor americano Jared Leto não me pareceu nada mal, não senhor! E muito menos a escolha dos actores mexicanos Diego Luna e Gal Garcia Bernal para apresentar um prémiozito!!!
Gostei!

Destaco ainda o apresentador "Borat". É que para mim, contrariamente às opiniões que vejo na imprensa de hoje, o seu humor era fantástico. Entre o non sense e o escatológico... completamente desconcertante...
Gostei muito!

NEXT...!