Killer

Continuamos atordoados com a morte do Miguel. Os contornos da história são de tal forma estranhos e atípicos que me parece importante partilhá-los com o maior número de pessoas possível. Aparentemente anda um louco à solta nas ruas de Lisboa. No final da tarde de Sexta-Feira o Miguel foi uma das três pessoas – sem qualquer relação entre si - que, na Praça de Espanha, numa distância de cerca de 100 metros foram furtiva e sub-repticiamente atacadas por um indivíduo que não roubou rigorosamente nada, que não causou alarido, que não se envolveu em qualquer troca de palavras ou agressões com as suas vítimas, que se limitou a esfaquear estas três pessoas com quem se foi cruzando na via pública. A aleatoriedade, o carácter perfeitamente gratuito e a extrema violência com que este indivíduo actuou parecem evidenciar uma personalidade muito próxima do perfil normalmente associado aos psicopatas. Estranhamente estes acontecimentos não mereceram qualquer difusão nos media, excepção feita ao artigo publicado hoje num jornal da “especialidade” cuja credibilidade é no mínimo discutível. Este indivíduo, que terá passado completamente despercebido às pessoas que se encontravam no local à hora em que tudo terá acontecido, continua em parte incerta.
Não subscrevo posições alarmistas ou histéricas, nem quero que este post se assemelhe àqueles mails difusores de mitos urbanos. Mas parece-me importante que se saiba que isto aconteceu de facto e que infelizmente não há para já garantias de que se não possa repetir.