Há quem diga que nós somos o que comemos, a roupa que vestimos... etc., etc....
Eu cheguei à conclusão que uma parte de mim são os contactos que tenho... Passo a explicar.
Na 6ª feira passada, estava eu a acomodar-me num assento do Cine Teatro do Casino do Estoril, para assistir à peça Celadon com a Ana Bola e a Maria Rueff (de que falarei noutro post), quando percebi, ao tentar desligar o meu telemóvel, que o botão do on e do off não estava a funcionar. Pois bem, resolvi retirar a bateria e "obrigá-lo" a desligar-se. O verdadeiro problema surgiu no fim da peça: ligá-lo. O que não foi possível!!!
Eu, que durante anos usei telemoveis alcatel (sem quaisquer problemas técnicos) e que achei que um nokia é que era, dei por mim a ter de ir, pela primeira vez, entregar o meu telemóvel à assistência da tmn. Escusado será dizer que no sábado, confirmei as minhas piores suspeitas: iria perder todos os contactos que estavam guardados no telemóvel e não no cartão!!!
Confesso que fiquei mesmo chateada... a lembrar-me de todas as pessoas que tenho conhecido e dos contactos dos amigos que terei de ir repondo a pouco e pouco. E também da importância que o facto de poder ligar-lhes ou mandar mensagens tem para mim.
Ora bolas! Para além de ter percebido que deveria voltar a ser organizada e manter uma lista de telefones actualizada na minha agenda (tinta sobre papel!!! how obvious is that?), tive de pensar mais uma vez sobre a importância de ter um nome com um número de telefone à frente... e do abalo que senti quando vi que me faltavam esses nomes e esses números...
Como se aquelas pessoas não existissem pelo facto de não estarem na memória do meu telemóvel...
Estranhos estes tempos em que damos conta da falta das pessoas pelos motivos mais mundanos...