quatro minutos depois das sete

hora de partida para outro lado qualquer...

sábado, maio 28, 2005

LUIZ E A LATA | 1 de Junho | B.LEZA

Toda a gente sabe que em Portugal se ouve pouca música portuguesa, composta por portugueses, interpretada por portugueses e em português...
... que as editoras e as produtoras investem pouco na música portuguesa...
... que os cds são caros...
... que as rádios funcionam com playlists que rodam "over and over and over again"...
Mas toda a gente sabe que de vez em quando vemos uma "luzita" ao fundo do túnel e que afinal, há alguém que ainda aposta nas bandas que continuam a insistir em compor e cantar em português, fazendo alguma promoção a lançamentos e a concertos.
É o que acontece com SANTOS DA CASA, o blog do programa da Rádio Universidade de Coimbra!
Não só fazem questão de passar música portuguesa como também de manter uma actualizada agenda cultural a nível nacional.
E lá estava ela... numa das minhas visitas a este blog... a notícia sobre o concerto que LUIZ E A LATA irão dar no próximo Dia da Criança no B.Leza em Lisboa.
Completíssima!!!
À qual não posso nem devo acrescentar qualquer informação...
À excepção de que será um grande concerto!!! (ok... sou fã e parcial... "so what the fuss?")
APAREÇAM!!!

sexta-feira, maio 27, 2005

Contraditório

O engenheiro Mira Amaral, na televisão, a falar acerca do défice orçamental e da desgraça em que estão as contas públicas.
Mais engraçado que isso só me ocorre uma coisa do género um membro do Ku Klux Klan a falar sobre tolerância e coexistência inter-étnica.

terça-feira, maio 24, 2005

Stevie Wonder

Na semana passada fui assistir à estreia de um projecto de covers/ tributo a Stevie Wonder. Apesar de terem cantado algumas das minhas músicas favoritas, gostava de ter ouvido uma em particular (para a próxima, talvez haja "discos pedidos" com uma frase qualquer a servir como senha!).
É que o sr. Michael Bublé faz uma versão excelente desta canção no seu album de 2005 "It's Time", que não me canso de ouvir. E porque estou a ouvi-la mesmo agora, resolvi pôr aqui a letra da canção. Ok... É assim "p'ró" romântico ou lamechas, se quiserem. Mas se puderem, tentem ouvi-la.
(Este Stevie Wonder é mesmo um "meistre"!)


YOU AND I

Here we are on earth together
It's you and I
God has made us fall in love, it's true
I've really found someone like you

Will it say
The love you feel for me
Will it say
That you will be by my side
To see me through
Until my life is through

Well in my mind
We can conquer the world
In love, you and I
You and I
You and I

I am glad
At least in my life
I found someone that may not be here forever
To see me through
But I found my strength in you

Cause in my mind
You will stay here always
In love, you and I
You and I
You and I
You and I


In my mind
We can conquer the world
In love, you and I
You and I
You and I

sexta-feira, maio 20, 2005

Let's look at the trailer

Para quem gosta de cinema, aqui fica um blog proposto por uma colega de trabalho.



Aqui segue o endereço,

http://plano9.blogspot.com/

quinta-feira, maio 19, 2005

O que se passa... (2)

... É que encontrei um post de alguém que se antecipou a escrever umas coisitas bonitas sobre sentimentos...
Obrigada, Daniel, por me deixares usar as tuas palavras!
"Lo que pasa
Lo que pasa es que te extraño, aunque ya no existas. Lo que pasa es que tengo un corazón muy blanco y no he querido mancharlo. Lo que pasa es que pasa el tiempo y no se detiene ni un instante. Lo que pasa es que me duele no tenerte cerca. Lo que pasa es que en mi rincón del mundo las jacarandas lloran tu recuerdo. Lo que pasa es que te busco pero no te encuentro. Lo que pasa es que vivo en un recuerdo. Lo que pasa es que te quice. Lo que pasa es que te quiero. Lo que pasa es que te has metido hasta en mis sueños. Lo que pasa es que te pierdo cada vez que yo despierto. Lo que pasa es que me faltas de noche, me faltas de día y de cuerpo. Lo que pasa es que no pasa nada. Lo que pasa es que me pasa. Pasa y pasa...ha pasado mucho tiempo."

O que se passa... (1)

... É que estou meia "deprée" com a derrota do Sporting...
Tanta expectativa e, no final de contas... tanto azar...
E o meu favorito nem jogou... 'tadinho do Rui Jorge!!!
Bem... lá terá de ficar para a próxima... a taça, a liga, a uefa...
(Que rico ano, Sporting!!!)

quarta-feira, maio 18, 2005

É HOJE!!!

Chegou o dia da grande final!
Perdoem-me a minha falta de desportivismo e de fairplay mas... hoje, não quero que ganhe o melhor, se o melhor não for o...
Sporting Clube de POR TUGAL !!!
SPOOOOOOOOOOOOOOORTING!!!!!!

terça-feira, maio 17, 2005

O dia de aniversário

Não me lembro exactamente a partir de que blog descobri este site de... digamos, testes de treta! eheh
Mas alguns têm alguma graça. Eu optei por fazer este do dia do aniversário.
Se quiserem saber o que significa o vosso dia de aniversário, é só clickar!


Your Birthdate: September 24
Born on the 24th, you have a greater capacity for responsibility and helping others than your may have realized.
You may also become the mediator and peacemaker in inharmonious situations.
Devoted to family, you tend to manage and protect.

This birth date adds to the emotional nature and perhaps to the sensitivities.
Affections are important to you; both the giving and the receiving.

What Does Your Birth Date Mean?

http://www.blogthings.com/whatdoesyourbirthdatemeanquiz/

segunda-feira, maio 16, 2005

Sete da Manhã... Hei!

Nos relógios cá de casa, passa pouco das sete da manhã.
E eu terminei agora mesmo de preparar a minha sessão de formanda-pré-formadora-em-fase-de-simulação-pedagógica-que-é-o-mesmo-que-dizer-em-terminologia-de-formação,-a-autoscopia-final-do-curso-de-formação-de-formadores...
Só faltam as fotópias para distribuir aos/as formandos/as (repara, Duda, no cuidado de atender às questões da igualdade de oportunidades! eheh! Nem tem nada a ver com o facto de ter passado a noite em claro...).
É já amanhã... Oooops! Mais logo, ao fim da tarde!... So, wish me luck!
Por agora... vou dormir...

sábado, maio 14, 2005

Um caso mais...

Confesso que não sou grande fã do Luis Represas... Mas aqui há uns dias vi uma entrevista num programa da RTP Memória, em que o dito compositor/ intérprete cantava alguns dos sucessos do Trovante, acompanhado pelo Manuel Faria ao piano.
E tocaram uma daquelas canções de cuja letra me tinha esquecido parcialmente... mas não da emoção que me passava e das inúmeras vezes que as cantávamos nos páteos da Marquesa de Alorna.
Logo me lembrei de um concerto fantástico, por volta de 1990, em que o Trovante tocavam pela última vez (pelo menos, durante largos anos). Foi no Coliseu de Lisboa que eu e mais umas 4 amigas absolutamente teenagers inconscientes ocupámos um camarote, acendemos isqueiros e gritámos imenso para que fossemos ouvidas no palco!
E porque esta canção continua a dizer-me muito, logo tratei de arranjar quem soubesse o título e a letra... por isso, com os devidos agradecimentos ao Zé Salgueiro... Cá vai!
.
Um Caso Mais
(Luis Represas)
.
.
Enquanto foi só um bom momento deu
Enquanto foi só um pensamento meu
Deus, deu só num caso forte a mais.
-
Enquanto se achava graça ao que se escondeu
E a horas eram mais longas do que a verdade
Fez p'ra ser só outro caso mais.
-
Enquanto for só ternura de Verão
Eu vou
Enquanto a excitação der para um carinho
Eu dou.
-
Traz
Uma leveza rara
Ah, mas concerteza
Eu dou
Um outro melhor bom dia.
-
Já trocámos nortadas por vento sul
Enquanto demos risadas foi-se o azul
Nem sei qual deles foi azul demais.
-
Mas não ficará só a sensação de cor
Nem sei o que o coração irá dizer de cor
Se o Inverno for, depois, duro demais.

sexta-feira, maio 13, 2005

PARABÉNS, TOMÁS!!!

Hoje o meu Tomás faz 6 anos.
O Tomás é o meu "primo direito" que nasceu quando eu já tinha 21 anos, o que faz dele um quase-filho.
Mas não é só por isso...
Por ele vejo o Babelade (ou lá como se escreve...), as Tartarugas Ninja, o burro Pavarotti e a peúga Sr. Pires.
Pelo Tomás sou capaz de correr o mundo e voltar só para saber que ele está bem... e para vê-lo crescer!!!
Por ele crio expectativas e sonho com o futuro... o seu!!! Mas também o temo...
Este aniversário é particularmente especial! No meio de convulsões familiares, o Tomás aguenta-se firme e curioso como sempre! E este é o ano em que deixará a vida de "bébé"... Irá mudar de escola, aprender a ler e a escrever, aprender a competir... enfim... novas batalhas que passará a enfrentar...
Whatever comes... cá estarei para o ajudar, criticar e encaminhar... e continuar a aprender a importância do seu afecto...
Por isso, hoje, desejo-lhe um dia muuuuuuuuuuuuuuito feliz, com muitas prendas e poucos beijinhos! Quer dizer... os meus são obrigatórios, claro! EHEH!
Muitos parabéns, querido!!!

A propósito da importância político-ideológica do papel higiénico

Aqui há uns tempos um colega de trabalho falava acerca dos meses que tinha passado na URSS em meados dos anos oitenta. Como lá tinha estado enquanto funcionário de um partido político – deixo-vos a difícil tarefa de adivinhar qual – tendo como objectivo a frequência de um curso de formação na área económica, a estadia foi segundo o próprio bastante agradável, tendo os anfitriões feito todos os possíveis para que aos convidados nada faltasse.
Com uma liberdade de movimentos quase total o meu colega fez por se imiscuir na vida quotidiana que o rodeava e ao que parece, gostou de praticamente tudo.
Curioso é o facto de as dúvidas terem começado a surgir quando, confrontado com um discurso político optimista – o socialismo entrava em rota de cruzeiro e os últimos arranjos de uma sociedade igualitária estavam quase prontos – e com a grandeza de uma nação que já havia conquistado o espaço e se afirmava como uma potência político-militar mundial se viu igualmente confrontado como uma estranha e inexplicável falta de … papel higiénico. É verdade, comida e bebida em abundância, transportes gratuitos para todo o lado, visitas a unidades fabris de sucesso, dissertações intermináveis a respeito dos benefícios da interpretação socialista da economia e eis que senão quando, na solidão do WC, a fortaleza apresenta uma brecha de consequências no mínimo incómodas…
Passados estes anos, este meu colega continua a achar que este foi o único sintoma que lhe foi perceptível de que as coisas não andavam bem, como que um sinal dos tempos que se aproximavam. A explicação para a falta de tão prosaico quanto indispensável produto também nunca ficou clarificada, tanto mais que a URSS era, ao que parece, um grande produtor mundial de papel.
Hoje porém, ao desfolhar um daqueles diários gratuitos sempre cheios de deliciosas generalidades e algumas curiosidades, fez-se-me luz sobre este assunto. Uma notícia dava conta da ideia polémica que uma empresa polaca tinha tido de estampar a cara de alguns dirigentes políticos do país, imagine-se, em papel higiénico. A polémica está lançada e alguns políticos visados pretendem desde já cortar pela base esta iniciativa que os irá colocar literalmente não nas bocas mas noutras paragens do mundo.
Percebi então que o mais provável seria a falta de papel higiénico na URSS dos anos oitenta não se dever a uma qualquer insuficiência nos meios de produção ou nos canais de distribuição mas antes a uma medida concreta e objectiva para impedir formas de contestação política mais directas. De certeza que grandes líderes, como por exemplo Estaline – que ainda por cima tinha um bigode farfalhudo a fazer lembrar um piaçaba e ficou conhecido por basear grande parte das suas decisões em sonhos e em intuições que normalmente redundavam, entre outras coisas, em monumentais sessões de fuzilamento – anteciparam a possibilidade de verem os seus rostos vigorosamente esfregados nos traseiros do seu povo e, condoídos com a visão de tamanho infortúnio, acautelaram-se controlando e rarefazendo a distribuição de tão perigoso veículo propagandístico.
Afinal aquilo não era carência, era planeamento meticuloso ou, na linguagem própria, um plano quinquenal.

quarta-feira, maio 11, 2005

Go ahead punk, make my day.

E outras frases famosas que tais em


http://www.moviesoundscentral.com/

segunda-feira, maio 09, 2005

Bloco de Pedra?

No Domingo pela manhã, num dos noticiários da SIC Notícias, falava-se do congresso do Bloco de Esquerda. A notícia em causa dava conta da crítica feita por uma militante relativamente a uma suposta falta de debate alargado e escolha colectiva dos candidatos do Bloco às eleições autárquicas. Até aqui nada de especial, para além de este poder ser um primeiro sintoma de que o Bloco se estará a tornar, para o bem e para o mal, num aparelho partidário à maneira dos restantes “Grandes Partidos”, sujeito aos mesmíssimos vícios, mas também e sobretudo por esta militante ser uma ex-militante de organizações armadas clandestinas de extrema-esquerda, nomeadamente Brigadas Revolucionárias e FP-25. Achei curiosa a aparição da Helena naquele noticiário, falando para quem a quis ver e ouvir a respeito da participação activa que os militantes de base querem ter nos processos de tomada de decisão e gostei sobretudo por tudo o que aquela intervenção significa: vinte anos depois a Helena pode falar livremente nas televisões, pode participar como militante activa nas actividades de um partido ou se quisermos, de um movimento, mesmo que para dizer que lhe estão a vedar parte dessa possibilidade, tudo isto com recurso apenas e tão só à força das palavras. Gostei também por ver que o Bloco abriu as portas à participação de pessoas com percursos de vida no mínimo polémicos, mas gostei sobretudo por ver que na Helena aquela mesma preocupação com a participação das bases, a mesma que porventura a terá levado a pegar em armas e a cometer algumas asneiras graves no passado, se mantém apesar de tudo o resto ter mudado.
Hoje pela manhã, li num daqueles diários de distribuição gratuita pelos quais passo os olhos à procura de alguma coisa interessante, que o Bloco se prepara para prever nos seus estatutos a figura do Processo Disciplinar e demais cartilha para acautelar e enquadrar aquilo a que chamam situações de alguma gravidade. Coincidência entre uma e outra coisa? A ver vamos.

Felizmente não foram 24 horas...

... pelo menos para mim!!!
Estou a falar do TMN - 24 Horas, claro!
Não vou alongar-me em comentários sobre o evento, até porque não estou com grande paciência para análises e sugestões (estou traumatizada por ter sabido no sábado passado, que é muito provável que tenha de pagar mais de 600 euros de IRS)...
Mas vou ter de dizer que este "festival" foi com toda a certeza o resultado da pior organização que alguma vez vi... Desde a escolha do local, às condições do terreno, passando pela disposição física dos acessos e pela óbvia poupança nos meios audiovisuais (em qualquer ponto do recinto, via-se melhor o palco do que a partir de qualquer um dos ecrans "gigantes"), Lisboa nunca assistiu a tal fiasco!
De salientar o bom humor do público presente que, apesar de ter passado, em média, uma meia-hora para entrar (que saudades do Rock in Rio), deixou-se ser contagiado pela qualidade e pelas good vibes dos artistas em palco, com um Gabriel, o Pensador em grande!!!
Valha-nos isso!!!

Drive away and it’s the same

Dos Manic Street Preachers, uma das minhas músicas preferidas, uma que para além das mensagens políticas e existencialistas, me faz lembrar, não sei bem porquê, dos amigos e conhecidos que fizeram a derradeira viagem.

Motorcycle emptiness

Culture sucks down words
Itemise loathing and feed yourself smiles
Organise your safe tribal war
Hurt maim kill and enslave the ghetto

Each day living out a lie
Life sold cheaply forever, ever, ever

Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness motorcycle emptiness

Life lies a slow suicide
Orthodox dreams and symbolic myths
From feudal serf to spender
This wonderful world of purchase power

Just like lungs sucking on air
Survival’s natural as sorrow, sorrow, sorrow

Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness motorcycle emptiness

All we want from you are the kicks you’ve given us
All we want from you are the kicks you’ve given us
All we want from you are the kicks you’ve given us
All we want from you are the kicks you’ve given us

Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness motorcycle emptiness

Drive away and it’s the same
Everywhere death row, everyone’s a victim
Your joys are counterfeit
This happiness corrupt political shit

Living life like a comatose
Ego loaded and swallow, swallow, swallow

Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness motorcycle emptiness
Under neon loneliness everlasting nothingness

sexta-feira, maio 06, 2005

SPOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORTING!!!

AGORA SIM!!!
Depois de um jogo sofrido e de um prolongamento infindável,
a vitória merecida!
DIA 18 DE MAIO
FINAL DA TAÇA UEFA NO ALVALADE XXI

quarta-feira, maio 04, 2005

No reino do faz de conta

Esta última tournée do PR Sampaio, supostamente dedicada à segurança rodoviária, pareceu-me o corolário de um conjunto de episódios mais ou menos lamentáveis que parecem colorir os seus últimos tempos no cargo. Não e não estou a falar da dissolução – tardia – da Assembleia, são os pequenos pormenores o que realmente me chateia.
Aqui há tempos lá apareceu ele nas televisões aquando da visita à “Loja dos Quase Cidadãos” também conhecida por Centro de Apoio ao Imigrante e pelo meio, enquanto era acompanhado pela filha – sim, a miúda trabalha lá e verdade seja dita come pataniscas de bacalhau e arrozinho de grelos nos mesmos sítios que o pessoal dos escritórios aqui da zona, tudo isto sem guarda- costas à vista – que lhe servia de cicerone, sai-se no final com um lamentável “Então muito obrigado e prazer em vê-la.” Mas o que é que o homem quer provar? Que separa inteiramente o protocolo das questões pessoais? Que a filha arranjou o emprego sem a sua intervenção? A coisa não me convenceu e também não me soou bem…
Agora é vê-lo arauto defensor da condução cívica, passeando-se de autocarro, camião TIR, pousando ao lado daqueles que a estrada estropiou, vertendo opiniões de carácter moralista, pejadas de juízos de valor, mas sem proferir uma palavra a respeito da imoralidade subjacente ao tão propalado quanto falso, “Novo Código da Estrada”, ao abuso das portagens em auto-estradas que o são apenas de nome, ao apelo consumista de um sector automóvel que insiste, sem restrições de qualquer espécie é preciso dizê-lo, em promover e disponibilizar máquinas cujos performances são um autêntico convite à transgressão ou ao estado geral de frustração de grande parte dos portugueses e tantas outras coisas.
Bom, mas então fazendo fé nas suas mais recentes declarações, será de supor que o PR nas suas deslocações oficiais em automóvel pelo país fora seja um irredutível cumpridor da lei e que o topo de gama em que habitualmente se desloca não passe dos 120 nas auto-estradas. Hum, a coisa também não me convence…
Mais repressão parece ser no essencial o mote do PR, mais agentes, de preferência disfarçados – eu proponho que se disfarcem de gajos do tunning, um boné a condizer com o carro artilhado é tudo o que precisam – é em resumo a proposta. Assim se vão resolver dois problemas: o da sinistralidade, supostamente e o do buraco orçamental, porque as multas já não são bem coimas, são assaltos à mão armada (ou serão "acções de recuperação de fundos" como dizia o outro?) – aliás é por isso que os gajos da Divisão de Trânsito da PSP e da Brigada de Trânsito da GNR andam de pistola – envolvendo valores de tal forma elevados e tantas vezes desproporcionados face ao que os motiva e ao orçamento do comum dos portugueses, que, bom… vai ser muito dinheiro em caixa. E depois claro, mais viaturas bem equipadas com o que de melhor há em tecnologia aplicada à perseguição de condutores incautos e materializa-se um dos vectores – senão o único – do chamado “Choque Tecnológico”.
No fundo, ilusões – não é só em Portugal que se morre nas estradas, é em todo o lado onde há veículos – e falsos moralismos – o poder político tá-se nas tintas para quem morre ou fica aleijado, sempre assim foi ou não existiriam guerras - à parte, a coberto de tanta preocupação os eficazes agentes vão no essencial e sobretudo continuar, tal como já fazem, a multar/assaltar senhoras que vão buscar os filhos aos infantários e não têm onde parar o carro, condutores enganados pela confusão do caos urbano e outras situações de mera tecnicalidade sem prejuízo para terceiros e pouco mais. Puro negócio.

segunda-feira, maio 02, 2005

Curiosidades animadas