quatro minutos depois das sete

hora de partida para outro lado qualquer...

segunda-feira, janeiro 31, 2005

A Dita Dura da Dita Dora

Podia ser o nome de uma peça de teatro, de um livro, de um filme, ou simplesmente uma porcaria qualquer sem sentido nenhum, escrita por um gajo que não tinha mais nada que fazer. Mas não é. É apenas a expressão que encontrei para ilustrar uma situação absolutamente merdosa – perdoem-me a crueza, mas é mesmo isso que me apraz dizer – em que hoje me vi imerso.
E por aqui me fico.

Importa dizer

Que não és tu quem a curto, médio prazo vai ficar a perder, bem pelo contrário. Lamento dizer mas é natural que esses patetas para quem tens estado a trabalhar te deixem fugir: as mesmas vistas curtas que os fazem acreditar que podem recrutar recém licenciados de forma gratuita, sem lhes pagarem qualquer salário ou sequer um subsidio de refeição, pagando zero mesmo, nada de nada – como me propuseram a mim quando acabei o curso e me chamaram para uma pseudo-entrevista (na altura tava a começar a ficar um pouco desesperado mas não a ponto de sequer pensar em aceitar esse insulto) – diz o suficiente a respeito das pessoas de que estamos a falar e justificam plenamente a idiotice estampada na tomada de decisão da tua dispensa.
Por isso, aproveita a inteligência, competência, sensibilidade e saber fazer que o All Mighty te deu e vende-a a quem a souber verdadeiramente apreciar.

"This is the Last Time"

This is the Last Time é o nome de uma das minhas músicas favoritas do album "Hopes and Fears" dos KEANE (em cujo concerto vou estar seguramente... dia 10 de Março no Coliseu).
Hoje, esta frase serve para dizer que é o meu último dia na empresa onde tenho estado a trabalhar há mais de um ano.
No other comments...

domingo, janeiro 30, 2005

Trombone

Na sexta-feira passada, tomei uma decisão! O trombone passou a ser um dos meus instrumentos favoritos. Ok, ok... são poucos os instrumentos de que não goste particularmente... mas esta foi uma descoberta interessante e explico porquê. É que na sexta tive oportunidade de assistir a um concerto fantástico na Culturgest: o quintento de Enrico Rava. Um jazz acessível e pronto a ser saboreado por conhecedores e curiosos. Este italiano trazia consigo não só a maestria e a tranquilidade que a experiência e a sabedoria permitem mas também músicos virtuosos e bem humorados que fizeram com que 2 horas de espectáculo soubessem a pouco. Destaco o desempenho de Gianluca Petrella... lá está! O senhor do trombone! Este "rapaz" (sim, nascido na grande década de 70), que segundo descobri, chegou a ser eleito melhor jovem músico de jazz no Top Jazz 2000 pela revista Musica Jazz, conseguiu "arrancar" sons do outro mundo a partir do seu instrumento. E eu adorei...

sexta-feira, janeiro 28, 2005

"A Cabra ou Quem é a Sílvia?"

Caso alguém tenha notado, estive ausente do blog por 2 breves dias... Não por falta de inspiração mas por causa de uma constipação/ gripe que tinha de bater à minha porta, inevitavelmente!
Ora, apesar disso, ontem enchi-me de coragem e agasalhos e fui até à COMUNA (até porq já tinha reservado os bilhetes há quase uma semana) ver "A Cabra ou quem é a Sílvia". O nome era sugestivo bem como as críticas lidas sobre intérpretes, texto e encenação. O excelente Álvaro Correia a encenar um texto de Edward Albee com Carlos Paulo, Cucha Carvalheiro e Vítor Soares pareciam razões mais do que suficientes para me aventurar à travessia de uma onda de frio numa quinta-feira à noite.
E as minhas expectativas não foram defraudadas!!! Mais... creio que foi a primeira vez que vi um actor chamado João Tempera em palco. Ainda que com ligeiros problemas de colocação de voz (ou seria do frio extremo que estava na sala e que me toldava os sentidos?), a intensidade e a expressão deste "Billy" surpreenderam-me.
Mais uma excelente produção da COMUNA, numa história desconcertante sobre a natureza e a intensidade do amor entre seres... (racionais?). Não percam! Está em cena apenas até amanhã, dia 29 de Janeiro.

Se ele o diz...

"O mundo islâmico, nomeadamente os extremistas, incluindo [Osama] Bin Laden, vão congratular-se com a adesão da Turquia [à União Europeia]. É o seu cavalo de Tróia."

Muammar Kadhafi*

* Presidente da Líbia, eminente democrata, humanista, autor de, entre outras obras, O Livro Verde e Men's Fashion for Dictators - an ilustrated guide.

quarta-feira, janeiro 26, 2005

Quero o meu túnel de volta

Eu sei que os miúdos da Casa Pia foram abusados, que os dirigentes desportivos e árbitros vão sobrelotar os tribunais e as prisões, ou talvez não, que os assassinos saem em precária e depois não voltam, que o primeiro ministro fugiu, que o governo seguinte caiu, que a economia vai mal, o ambiente pior, que o tsunami matou mais que os Indonésios durante a ocupação de Timor, que o George Bush sacou mais um mandato, sei isso tudo. Mas pelo meio de tanta desgraça apetece-me gritar alto e bom som o meu desejozito prosaico:

- Por favor, devolvam-me o meu túnel do Rossio!

Desde que os engenheiros da REFER perceberam aquilo que toda a gente, perdão todos os suburbanos que usam a linha de Sintra, há muito haviam constatado, que o túnel parece uma artéria coronária de um cadáver em decomposição e optaram por interromper a circulação dos comboios, que a minha deslocação pendular de carácter rotineiro e repetitivo passou a ser ainda mais rotineira e repetitiva, com mais convívio humano de proximidade – entenda-se apertões e esmagamentos diversos contra os outros utentes, perdão suburbanos, acotovelados dentro das carruagens do alternativo Metropolitano.
Esta forma de convívio forçado – sim que no fundo o pessoal mete-se no metro pelas mesmas razões que uma menina entrevistada há uns tempos num telejornal a propósito dos bastidores da pornografia em Portugal apresentava para fazer um filme porno “Tou aqui pelo convívio, para conhecer pessoas.” – nunca me agradou muito.
Agora o que me chateia mesmo é que já lá vão uns mesitos e nunca mais se ouviu falar no túnel, nas obras, nas previsões para a conclusão, na data de reabertura... Estarão paradas? Será que o rombo é maior do pensavam e espreitando lá para dentro consegue-se ver Xangai? Será que o governo de gestão não tem autoridade para gerir as obras? Será que o túnel nunca mais vai ser reaberto?
Tou feliz por aquilo não me ter desabado em cima e por não existir uma coisa chamada Associação dos Familiares das Vítimas do Túnel do Rossio – versão suburbana da Associação dos Familiares das Vítimas da Ponte de Entre-os-Rios. A sério, tou mesmo. Mas tenho saudades do meu túnel.

Daniel o Pensador

O Daniel é o dono do Cruzeiro do Pescador, um restaurante em Pipa onde quem vai se arrisca a uma óptima refeição e a uma excelente conversa.
O espaço é uma esplanada alojada num telheiro de verga, ali mesmo numa perpendicular à “avenida” principal da vila, lugar onde imperam os tons de terra, verde seco e laranja e onde o Daniel recebe todos como convidados na sua casa.
Sejam os mais discretos europeus do norte, os escassos norte americanos ou os omnipresentes e ruidosos portugueses, o Daniel vai saltando de mesa em mesa e o diálogo surge naturalmente.
Connosco a conversa só começou depois de pagarmos a conta. Sentado numa mesa, o Daniel desfolhava um livro de ar antigo, livro cuja capa não consegui espreitar e cujo conteúdo não pude perceber e à nossa passagem e à despedida replicou com um provocador “Então e Portugal, as coisas vão mudar para melhor?”
Pois é, o bem informado Daniel sabia que o governo tinha sido despedido, sabia que as coisas por cá estavam complicadas e sabia pouco das alternativas que se vislumbravam no panorama oposicionista.
Lá lhe fomos contando do curriculum do 1º ministro dispensado, do principal candidato da oposição, dos problemas económicos do país, do desemprego, das dificuldades dos jovens recém licenciados, da pouca esperança que depositávamos nos próximos tempos, da ginástica que tínhamos feito para podermos estar ali...
Do que o Daniel parecia saber e bastante era do comportamento dos portugueses que lhe batiam à porta do restaurante e as aparentes contradições entre o país real que parecia conhecer – passou por cá oito anos no final da década de oitenta, princípios da década de noventa - e os turistas que esse país exporta eram apenas isso, aparentes.
“Há muitos que me dão a clara sensação de gastarem acima das suas possibilidades. Parecem-me muito preocupados em mostrar que têm, muitos comportam-se como patrões, têm um estilo e uma mentalidade quase colonialista, chegam a ser mal educados, arrogantes... O nordestino já está um bocado farto dessa atitude por parte dos paulistas e dos cariocas, que é uma coisa ancestral, e começa a estar por parte dos portugueses.”
Encolhemos os ombros. De facto isso nota-se, sobretudo entre os portugueses de meia idade que por lá encontrámos.
Continuámos a conversa, deambulámos por entre posicionamentos à esquerda e à direita, falámos de mentalidades, de comportamentos. Ficámos de voltar mas acabámos por não o fazer, não por falta de vontade mas porque a oferta gastronómica é muita e acaba inevitavelmente por nos dispersar na busca por outras iguarias. Ah e claro, isto apesar de o fillet mignon e o camarão – ambos inacessíveis para os locais porque a coisa custa ao todo uns 35% do salário mínimo nacional – do Cruzeiro serem óptimos.

terça-feira, janeiro 25, 2005

Hoje... "upside down" it is

I looked up at the tallest building
Felt it falling down
I could feel my balance shifting
Everything was moving around
These streets so fixed and solid
Ah shimmering haze
And everything that I relied on disappeared


Downside up, upside down
Take my weight from the ground
Falling deep in the sky
Slipping in the unknown
All the strangers look like family
All the family looks so strange
The only constant I am sure of
Is this accelerating rate of change

Downside up, upside down
Take my weight off the ground
Falling deep in the sky
Slipping in the unknown

I stand here
Watch you spinning
Until I am drawn in
A centripetal force
You pull me in

Pull me in
Pull me in
Pull me in
Pull me in
Pull me in

ovo ovo ovo
ovo ovo ovo
ovo ovo ovo

ovo ovo ovo
ovo ovo ovo
ovo ovo ovo

Downside up
Upside down
Take my weight off the ground
Falling deep in the sky
Slipping into the unknown


Downside Up
PETER GABRIEL

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Blog ou não blog... Eis a questão...

Para a maior parte de nós, mortais, escrever não é propriamente a mesma coisa do que fumar um cigarro ou fazer um telefonema... Envolve uma certa dose de coragem para expor ideias, sentimentos e até palavras que nem sempre saboreamos ou partilhamos com os outros. No meu caso, a facilidade com que o fazia há algum tempo atrás, foi-se desvanecendo à medida que a racionalidade me foi "obrigando" a equacionar o que digo, como e a quem (qualquer coisa a ver com as leis da escrita jornalistica).
Este espaço (que apesar de tudo, ainda não está pesquisável através do google.... Ai ai ai ai ai duda!!!) permite isso mesmo... dizer o que me apetece, o que me vai na alma com a devida distância que o "anonimato" das iniciais mc me permite. E isso é excelente para quem, como eu, gosta de manter uma certa imagem de mulher observadora e distante mas que inevitavelmente tem de mostrar um bocadinho de si once in a while...
Por isso, este blog é isso mesmo: um cantinho partilhado por duas pessoas que se conhecem muito bem e há muito tempo e onde fluem opiniões e comentários, uns interessantes, outros nem tanto, mas que serve um objectivo: a escrita das emoções.

Eu e o blog, eu no blog

Porque é que a gente se meteu nisto?
Acho que ainda não tinha feito esta pergunta a mim próprio e também ainda não a fiz à MC.
Pois bem, hoje ocorreu-me perguntar a mim mesmo “Que raio, mas porque é que te deu para isto?”
A coisa não é nova, a bem dizer toda a gente tem um blog. Há-os para todos os tamanhos, conteúdos e feitios. Quanto aos nomes, bom até os há, imagine-se, com nomes a fazer lembrar marcas de biquinis – em concreto uma marca brasileira postulada numa frase em que alguém deseja ardentemente que a peça de roupa ceda à força da gravidade - e outras coisas que tal.
A bem da verdade é importante dizer que fomos talvez um pouco influenciados por outros blogs. Olhámos para um em concreto e pensámos “Olha, se estas tipas têm um blog nós também podíamos ter e pelo menos temos aqui um bom exemplo daquilo que não queremos que o nosso blog seja ou venha a ser.” E assim começámos.
Mas acho que não foi a imitação ou o espirito do contra e de ruptura que me levou a querer participar.
A verdade é que esta coisa de poder publicar todas as patetices que me irrompem pelas meninges, de poder dar à leitura dos outros as coisas que escrevo, essa possibilidade de poder comunicar à distância num semi-anonimato, mais ou menos controlado, seduz-me. Suponho que à MC também.
Depois esta quase obrigação de escrever qualquer coisa faz-me continuar a escravinhar uns rabiscos de vez em quando e se essa responsabilidade não estivesse lá os pensamentos perdiam-se sem hipótese de se fixarem num papel ou num ecrã de computador, sem que eu tivesse a hipótese de os rever daqui a uns tempos e, quem sabe, rir de mim próprio.
Bom e se calhar é isso. O Quatro Minutos Depois das Sete oferece-me isso, um bocadinho de espaço, fora do anonimato do real, só para mim e para todos os outros que o partilham. Sejam eles quem forem.

Glimpse

Nesse dia o calor de Julho fazia-se já sentir com especial intensidade e foi debaixo desse calor que seguimos em coluna até ao limite norte da cidade, local onde a Mimi vivia ao abrigo das quatro paredes maternas. E foi no alto do sétimo andar de uma das torres de apartamentos que por ali abundam e de onde se viam já umas curiosas estacas geometricamente alinhadas e cravadas no leito do Tejo com recurso à mais moderna tecnologia GPS e das quais viriam a surgir os pilares da Vasco da Gama, que a encontrámos à nossa espera, deslumbrante, com um vestido verde alegremente curto e decotado, umas sandálias brancas bem ao seu género e a felicidade estampada no rosto. Estava hiperactiva, caminhava de um lado para o outro como se a costura no peito fosse apenas uma espécie de adorno tribal, à maneira daqueles habitantes do Pacífico que esculpem literalmente a pele e não um sinal exterior da fragilidade da sua condição.

- Hoje já limpei a casa toda!
- Mas tu és doida?! Não podes fazer esses esforços, ainda é cedo para isso!
- Tou farta de tar parada, preciso de me mexer!

surpresas boas

Tenho por hábito afirmar com toda a convicção que me é característica, que dificilmente sou surpreendida pelas pessoas, pelas situações, ou pelos sentimentos. Não só é uma forma de defesa que tenho vindo a construir ao longo dos anos, mas também resulta do facto de não ser uma pessoa propriamente impressionável e, believe me, já tenho uma dose razoável de surpresas boas e más na minha vida.
Mas tenho de dar a mão à palmatória! Sexta-feira passada fui surpreendida e positivamente!!! Como já não acontecia há algum tempo... Não é excelente quando descobrimos que alguém que não conhecemos assim tão bem e com quem nunca tivemos uma relação de natureza profissional, é capaz de se lembrar e arriscar mencionar o nosso nome, mostrando ter uma imagem bastante lisonjeira do que pode ser o nosso desempenho profissional?
Confesso que fiquei impressionada e muito contente por saber disto. Fui surpreendida pelo acontecimento mas sobretudo, confirmei a minha excelente opinião sobre a pessoa responsável por isso acontecer. E que orgulhosa fiquei por me ter dado tal voto de confiança. (Obrigada, Miguel.)

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Optimismo

Contrariamente a ti, duda, eu sou a chamada idealista optimista (acho que não existe nenhuma corrente filosófica sob este título ou antes... espero que não haja... gosto pouco de rótulos teoricistas). Faço sempre aquele esforço por ver as coisas cor-de-rosa... corrijo: de uma cor forte e positiva como o vermelho, por exemplo! Acho que tudo se resolve com inteligência, tolerância e sobretudo, boas técnicas de respiração que nos baixem o ritmo cardíaco de modo a não desatarmos a andar por aí aos tiros a toda a gente que nos faz mal.
O que eu gosto mesmo é de pensar que quando se fecha uma porta, abrem-se logo uma data de janelas... é preciso é olhar para a frente, mimar quem nos quer bem e ignorar os que nos causam desconfiança!
Também gosto de pensar que é preciso ter vontade de mudar, agir e estar sempre atento ao que a vida nos oferece... Se for pouco, luta-se mais e mais! É a capacidade transformadora do Homem que vejo no brilho dos olhos de quem o faz, de quem procura sempre mais. E quando não se é assim naturalmente... aprende-se a ser... e a lidar com o que nos frustra (mesmo que so um bocadinho).
Ok, ainda nao tivemos 100 visitantes... mas para la caminhamos!

No more Santa Claus

Esta coisa do contador também me contar a mim e de a centena de visitas tão celebrada pela minha companheira de blog MC afinal poder não ser assim tão representativa e de por via disso o entusiasmo dela se ter esfumado – apenas um pouco, espero – fez-me lembrar da Paulinha, a miúda, minha colega de escola, que aos 7 anos me disse “O Pai Natal não existe, as prendas que te aparecem no sapato são lá postas pelos teus pais!” Ó desilusão, ó desespero! Eu acreditava piamente naquilo e ela estragou tudo!
Por isso MC, desculpa. Fica o consolo de te dizer que eu não entro no blog tantas vezes quanto isso portanto, se não forem 100 são capazes de ser para aí umas 75... a sério...

P.S. Vi a Paulinha ao longe, numa rua de Lisboa há uns tempos atrás. Envelheceu mais depressa do que eu, talvez por ter deixado de acreditar no Pai Natal antes de mim.

A Revolução que tanto haveríamos de amar

Acho que sempre fui um tipo um bocado inconformado. Sempre me chatearam o amorfismo, o não querer saber, o demissionismo e claro, esse velho chavão, a alienação. Há uns anos atrás costumava achar que quando nos punham o pé em cima e nos apertavam, se não existissem grandes opções éramos livres de usar a força contra a prepotência, na defesa da razão. Tinha pouco mais de vinte anitos, alguma generosidade e uma dose enorme de inconsciência e achava, claro está, que a razão estava sempre do nosso lado... A isso tudo somavam-se umas leituras e uns contactos com pessoas que tinham militado de corpo e alma em causas onde a arma não foi apenas nem sobretudo a palavra.
Ainda hoje as admiro, a essas pessoas. Não pelos resultados, menos ainda por alguns dos métodos, mas sobretudo pela capacidade que tiveram de recusar o prato requentado que outros lhes puseram à frente, pela simples capacidade de dizer Não, de, por opção, serem marginais à sociedade da época.
Essa rebeldia sem se perder metamorfoseou-se e o pessoal da minha geração expressou-se sobretudo pela indiferença mais ou menos discreta, pela não participação, pelo individualismo, algumas vezes por uma genialidade silenciada, muitas vezes por uma mediocridade assustadora, algures entre o rasca e o à rasca.
Um desses rebeldes da linha dura disse-me uma vez “Sabes pá, vocês têm os vossos pais para vos resolverem os problemas económicos. Nós estávamos por nossa conta.” Talvez, pensei eu. Os paninhos quentes nunca fizeram bem a ninguém e talvez os pachos de água quente paternos impeçam a frustração de sair à rua. Sim porque sempre me foi difícil compreender, por exemplo, como é que um tipo que tira um curso de direito e depois acaba como uma farda amarela da Prosegur vestida, à porta do supermercado da esquina mais próxima não tem um ataque de frustração ao estilo do Michael Douglas no Dia de Raiva.
Sou um pessimista, sou daqueles que acham que batemos no fundo. Daqui para baixo só se formos expulsos da UE e passarmos a figurar nos compêndios como um país do Magreb... E mais do que a mediocridade dos políticos, que a politiquice tachista que a pouco e pouco foi corroendo estruturas, delapidando recursos e hipotecando o futuro, arrastando consigo a malta mais nova que nas J’s já vai fazendo pelo seu tachito, mais do que isso tudo impressiona-me o facto de continuarmos calados, despreocupados, pouco ecológicos, acomodados, resmungões, incapazes de criar movimentos cívicos de larga escala, com pés e cabeça, reivindicativos, construtivos, afirmativos de uma democracia que não se pode esgotar no vazio da arena – residualmente representativa - de S. Bento.

"desmancha-prazer"

Acabei de receber uma grave notícia!
Acabei de perceber que as 100 visitas de que tanto me orgulhava constituem apenas um número fictício. É que contrariamente ao que acontece com o administrador do blog (neste caso, Me, Myself and I), todas as visitas são consideradas entradas. Ou seja, também o duda conta para essa contagem. Ora bolas!!! Já viram isto? Afinal, amigos, colegas, companheiros, palhaços e afins, vão ter de se esforçar mais e visitar este blog muito mais frequentemente!
E eu que preferia ter ficado com uma ilusão boa...!!! (Obrigada duda por "desmanchares" este prazer!)

100 Entradas

(Não, não se trata de um elogio ao menu de algum restaurante!)
(Sobre restaurantes falarei mais tarde...)
BOM DIA!
Que boa surpresa tive hoje ao abrir o quatrominutosdepoisdassete! Não sei como aconteceu mas o que é facto é que, de ontem para hoje, assim, como quem não quer a coisa, tivemos cerca de 20 entradas!!! Bom, podem pensar "nada de extraordinário", mas o número que para mim é verdadeiramente importante é o total. Atingimos as 100 entradas no blog em 10 dias!!!!
Parabéns a nós e a quem nos visitou! (Espero que não tenham sido defraudados nas vossas expectativas ehehe!)

quinta-feira, janeiro 20, 2005

ESTOU TRANSTORNADA!!!

Digam lá que esta não é uma palavra interessante e digna para uma menina proferir quando só lhe apetecia vociferar e utilizar todos os palavrões possíveis e imaginários!
É que eu tinha acabado de escrever um post fantástico, uma ode à amizade e um elogio à sexual revolution, ao feminismo e "a mamãe"! Quando, de súbito, desapareceu! TUDO!!! Palavra por palavra! É! Aqui o blog, "powered by blogger" perdeu o power e fez com que eu perdesse um texto sobre o qual tinha depositado tanto amor e carinho! Parece impossível!!!
Bom... ainda por cima, vou ter de ir carpir esta mágoa numa mega jantarada no mexicano e depois, quem sabe... ir ouvir música e chegar a casa às tantas da manhã!...
Um sacrifício merecido, don't you think?

Delírios febris

Pois é, a gripe atacou-me forte e feio, atirou-me para a cama e fez-me suar como se tivesse acabado de correr uma maratona em Agosto.
Em resumo, uma semana mal passada, com três dias mais duros e um a fazer lembrar as histórias da “Frigideira” no Tarrafal ou das crises de paludismo do pessoal que andou por África.
Nesse dia em que bati o meu recorde pessoal e consegui quase chegar aos 40º, amarrado à cama e à televisão – coisa rara para mim, num dia de semana – meio acordado, senti-me a delirar.
Nessa tarde, entre outros trips febris, pareceu-me ter visto o Engº Mira Amaral dizer para quem o quis ver e ouvir num canal da cabo que o principal problema do país e da sua actual situação económica era um Estado pesado e sobretudo despesista, realidade com a qual o país tinha de cortar recorrendo ao aligeiramento desse polvo sorvedor de recursos.
Mais paracetamol para cima e no noticiário seguinte lá tava o gajo outra vez... “Porra” pensei eu, “queres tu ver que a febre não baixa! Como é que o homem com aquela reforma toda pode querer que cortem com as despesas do Estado? Só posso tar a alucinar!”Desliguei a televisão e dormi. O paracetamol funcionou, a febre passou e desde aí ainda não voltei a ver o tal senhor no ecrã.

quarta-feira, janeiro 19, 2005

Certezas

Os meus amigos (os bons) sabem que sempre fui uma daquelas reflexivas inveteradas... daquelas pessoas que pensam imenso sobre as coisas, analisam, analisam... que gostam de esmiuçar a vida e as pessoas... num certo auto-convencimento de que assim as poderei ajudar de alguma forma... e de que assim poderei ter um maior controle sobre a minha própria vida!
Todos sabemos que é TANGA!!! Cada cabeça é um mundo, cada um de nós reage e vê a vida da sua maneira... E é bom que ela nos surpreenda, que nos questione e abale os nossos alicerces.
Mas também é bom ter algumas certezas, aquelas pessoas e aqueles acontecimentos que sabemos que estão lá e que se sucederão inevitavelmente.
Eu habituei-me a contar com um acontecimento... a festa de dia 3 de Abril. E é assim há quase 20 anos. Neste dia, comemora-se um aniversário. O aniversário em que os amigos invadiam a casa da Pat e dançavam até não poderem mais. O dia em que, independentemente de nos termos visto há uma semana ou há um ano, a Pat reunia todos e todos queriam estar com ela. Porquê? Porque tem de ser assim... porque é bom estar com quem gostamos e gosta de nós... porque ela é especial... porque é alegre, descontraída, porque toda a gente olha e admira quando ela passa. Porque é segura, compreensiva e amiga. Porque adora praia e sair à noite...
Porque ela vai ser assim...
Porque é uma certeza na minha vida.

façam (o) favor de entrar!

Desde que me aventurei neste universo (fantástico?) da blogosfera, tenho aprendido imenso sobre o seu funcionamento. Ok, ainda não me debrucei muito sobre como colocar fotos ou abrir a listagem dos links a colocar no blog... mas isso são pormenores (não são???)...
Mas para além de ter "criado" o blog (com a devida participação do duda), coloquei uma ferramenta interessantissima, que me permite visualizar o número de visitantes, que é como quem diz, o número de entradas que pode derivar sobretudo do acaso... Alguém, algures, está a visitar um outro blog e resolve clickar em "next blog" e então... voilà! O quatrominutosdepoisdassete!
Nevertheless, fico contente (e surpreendida) pelo facto de o contador marcar mais de 60 visitantes (desde 10 de janeiro, a data em que o coloquei), ou seja, 60 entradas em menos de 10 dias! Olha... Bem giro!!! O mais engraçado é que o blog ainda não aparece no google e apenas alguns amigos sabem da sua existência... It´s amazingggggggg! Ó amigos dedicados!!! Ou curiosos?!?!?! Ou tão leais que aguentam a minha escrita "light" (sem comparações com a guidinha, s.f.f.!!!) e ainda a elogiam?!?!?!?
De qualquer forma... Obrigada! E não parem!!!

terça-feira, janeiro 18, 2005

boa viagem, espada

Há pessoas que vivem a expectativa de um modo quase sufocante... esperam, esperam... como se daqui a um mês fosse daqui a uma hora.
Como se já estivessem atrasados...
Como se o presente não tivesse qualquer significado e todas as coisas do dia-a-dia parecessem mínimas face à importância do momento que desejamos que chegue depressa.
Como se todos os ponteiros de todos os relógios do mundo estivessem parados à espera que nada se mova enquanto não avançam um segundo, um minuto... fazendo o som que nos marca o tempo.
Como se o local onde vamos estar não existisse enquanto não se está lá...
E quem queremos ver... Estará?
Há pessoas que vivem intensamente cada reencontro, como se amanhã fosse ontem...
E não é assim que tem de ser?!

segunda-feira, janeiro 17, 2005

.com ... ponto come

Já me disseram que não fica nada bem eu fazer posts em que utilizo private jokes (que como o próprio nome indica, só algumas pessoas compreenderão). Bom... talvez tenham razão... Mas é inevitável! É que esta coisa fantástica que é termos expressões, olhares e outras cumplicidades com os nossos amigos obrigam-nos a isso mesmo... A ter orgulho em partilhar as coisas que só nós compreendemos.
E depois da grande maratona que foi este fim de semana (não é possível tanta festarola em tão pouco tempo e tantas noites mal dormidas!!!), tenho que apelar a um momento único de que só os "verdadeiros artistas" são capazes (e que só uma pessoa entenderá... é para ela este post, pois claro)...: um convite para o Carnaval... "Olha... bem giro!!!"
p.s. que pena não servirem uns carapauzinhos!

sexta-feira, janeiro 14, 2005

quatro minutos depois das sete

A sombra impede-me de ver para lá do projector...
Atordoa-me o som de uma voz... tu estás lá
Desvio a cadeira e o olhar porque ocupas um lugar que deixou de existir.
Preferia que o ruido se sobrepusesse aos passos que quero dar
Deixo para trás as memórias, algumas que tenho...
Tu, nós...
Tenho de ir embora.

quarta-feira, janeiro 12, 2005

MEGA Ano de Concertos!

Num fórum sobre música que frequento aqui por estes lados da web, alguém abriu um tópico de discussão sobre os concertos a que assistimos e qual a opinião que tinhamos sobre este ano que acabou (adiós 2004!)...
Apesar de não ter respondido, resolvi aproveitar este espacinho (quase um T-0) para reflectir sobre o assunto. É dificil sobretudo porque este ano foi mesmo muito cheio em concertos e ia dar-me uma trabalheira enumerá-los e escrever sobre todos eles, os artistas (e as repetições, Espada, as repetições! eheh)... Por isso (e porque a preguiça é muita...), quero apenas dizer que espero que em Janeiro de 2006 possa dizer que o ano anterior foi absolutamente fantástico, ainda melhor que o de 2004!
É só consultar as agendas culturais...
Cheira-me que vamos ter muita animação!!!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Um telefonema basta

A velha máxima Carpe Diem, com que me habituei a viver desde que vi o filme "Dead Poets' Society" (como é possivel chorar sempre nos mesmos momentos de um filme quando já vistos pela milionésima vez???) é mesmo fantástica! Não só soa bem qdo proferida e ouvida, mas também tem uma aplicabilidade única em certas alturas da vida.
Pois hoje, debaixo desta filosofia, percebi mais uma vez (as coisas que eu percebo!!!) que temos de viver cada dia de cada vez e que certos acontecimentos (basta um telefonema) nos precipitam para tomarmos decisões, enfrentarmos e desmistificarmos problemas e para lutarmos para encontrar soluções.
É que vou ter mesmo de encontrar mais e melhor trabalho... e não estou nada desanimada. Vai ser dificil, sim (com o mercado de trabalho que temos) ... So what?

The sun always shines on TV

Mesmo não sendo grande apreciador e consumidor do género pensava que já não era possível surpreender-me com os reality shows. Achava que já tinha visto de tudo um pouco, desde o pioneiro pontapé no primeiro BB nacional, passando pelas discussões e peixeiradas em directo, os insultos, as manipulações, uma ou outra cena engraçada proporcionada normalmente pelos concorrentes mais porreiraços e/ou pelos animais que partilham o espaço televisivo ou o mais recente festival 5 a Sec proporcionado pelos reality shows construídos expressamente para reabilitar famosos em fase descendente, políticos em fim de carreira ou simplesmente promover ilustres desconhecidos.
E eis que senão quando, este fim de semana, zapando de canal da cabo em canal de cabo, dou por mim a ver algo de realmente interessante, uma daquelas americanices típicas que nos enchem de orgulho por sermos europeus.
A coisa era mais ou menos assim: o Donald Trump - sim esse mesmo, o tipo cheio de massa e do penteado esquisito, ex-marido daquela senhora que nunca mais lhe largou o apelido – surge como figura central num programa em que duas equipas de supostos génios da gestão, do marketing e do negócio, homens vs. mulheres, se degladiam e transpõem todos os limites da sabujice, lambe botice e filha da putice para que no fim um eleito possa vir a ocupar um cargo de destaque no conselho de administração do gigantesco grupo empresarial do todo poderoso.
Primeira prova: os meninos e as meninas – todos novinhos, portadores de mestrados e doutoramentos, detentores de um percurso profissional curto mas bem sucedido, seleccionados por entre milhares de outros sabujos - recebem uma quantia em dinheiro que deverão rentabilizar e multiplicar vendendo limonada pelas ruas de Nova Iorque.
No final do dia e recorrendo a expedientes do género “Se comprar a limonada por um valor adicional dou-lhe o meu número de telemóvel” a equipa feminina venceu destacada. Os moços coitados, por terem perdido não só não terão a oportunidade de visitar o templo kitsh onde vive o Donald como ainda terão de mandar borda fora um elemento da equipa.
E aqui é que a coisa fica ainda mais engraçada: num autêntico espancamento do ceguinho o escolhido por todos, menos por si próprio claro está, é o único tipo que não é alto, não tem ar de já ter tomado esteróides anabolizantes, de certeza que não jogou futebol nem basquetebol na faculdade e também não deve usar vaporizador oral de mentol. Ou seja, o gajo é de certeza um falhado!
Bom, o Donald depois de mostrar a casita às meninas, todas muito magras, sorridentes, pegajosas e dispostas a tudo, lá teve tempo para juntar os rapazes, enxovalhá-los um pouco, estimular o conflito entre eles, tecer comentários a respeito das qualidades intelectuais, morais e pasme-se, genéticas do enfezadinho do grupo e no fim, de salvar o dia, mandando embora outro lambe botas que não o aparentemente condenado. Que grande momento televisivo! Mal posso esperar pelo próximo episódio...

sexta-feira, janeiro 07, 2005

Hoje "aprendi uma grande lição..."

Eu costumava dizer que tinha uma memória fantástica... que me lembrava de todas as caras que passavam por mim nos sitios mais inusitados...
Certamente que tenho uma boa memória fotográfica... Mas isto implicava que eu estivesse permanentemente a recordar-me das pessoas, dos lugares, das palavras, das expressões... E obrigava-me a ter grandes dificuldades em separar-me, em despedir-me, em tomar decisões, escolher um caminho e obrigatoriamente perder para sempre o alternativo.
Era assim quando em miuda demorava horas para escolher um par de sapatos, foi assim quando tive que escolher qual a minha área de estudo...
E muitas vezes fui assim quando tive que dizer adeus a alguém...
Até que percebi que o crescimento também envolvia alguma dor... deixar para trás alguma coisa ou alguém para poder alcançar o que nos dá a paz de espírito, o sorriso, a autonomia, ou mesmo o que às vezes nos provoca tristeza ou frustração.
Mas crescer é isso mesmo... É aprender a saborear o momento em que alguém nos relembra uma conversa, um olhar, um instante importante e decisivo, bom ou mau (de que só tinhamos uma vaga recordação)...
Hoje pensei nesta lição... Uma lição para quem pensava que tinha memória de elefante...

À beira Tejo

- “Normalmente o fogo de artificio encerra sempre os grandes acontecimentos.”

É curioso como o envolvimento do momento raramente nos deixa entender a importância dessas fracções de espaço e tempo em que tudo muda irreversivelmente. E foi assim que, por entre o turbilhão de pensamentos que nesse instante me inundou, ouvi a Luísa proferir aquelas palavras mágicas que, como lhe era tão característico, desenhavam já qualquer coisa que ambos sabíamos inevitável mas que só ela sabia definir e esmiuçar de uma forma que normalmente me deixava assustado.

- “Noutra encarnação tenho a certeza de ter sido uma bruxa celta queimada numa fogueira!” dizia ela muitas vezes quando o futuro, entretanto tornado presente, lhe dava uma e outra vez razão. Coisa estranha essa mas a verdade é que aquela sensibilidade à flor da pele que me fascinava transportava consigo esse efeito secundário deliciosamente indesejável, esse domínio sobre o alfabeto das coisas que nos rodeiam e que permite perceber e antecipar a mecânica existencial.
Claro está que tudo o que se ergue acima do banal, do mundano tem normalmente associado um custo elevado e na Luísa as coisas complicavam-se. A inteligência, no seu formato lúcido e esclarecido, agregada àquela aura que acompanha os que vivem intensamente todas as coisas - por mais insignificantes que estas possam parecer à maioria daqueles com quem coexistem – resulta invariavelmente em sofrimento e numa, quase sempre, inevitável solidão. Essa omnipresente consciência das coisas, que não se compadece com o adormecimento induzido a que a maioria de nós parece entregar-se – uma vez mais outras menos – voluntariamente, é dolorosa, quanto mais não seja porque a constante condição de acordado é desgastante.

- “Não dizes nada?”

Dizer o quê? Que a noite está resplandecente, que o vai e vem de luzes que inunda a ponte sobre nós me faz perceber que a vida não pára, que o rio à nossa frente vai correr hoje, amanhã e depois e depois, indiferente a nós e às palavras que possamos arremessar um ao outro aqui e agora? Que o fogo de artifício parece ali posto de propósito para colorir aquele momento de estertor? Fantástica coreografia de luzes, imagens e sons, tudo montado por outros e para outros e no entanto tão perfeitamente adaptado a nós. Porra!

quinta-feira, janeiro 06, 2005

Mais uma cereja...

... em cima do bolo.Não quero politizar o 4mnsdepoisdas7 mas de facto este cartaz ou melhor projecto de cartaz - obrigado Sr. Professor - é um must...

FESTAROLAS

Eu e a minha amiga IHS conhecemo-nos há uns 15 anos. Com altos e baixos, proximidade e afastamentos, como todas as amizades devem ter, a nossa está de muito boa saúde. É bom descobrir que, depois de tantos anos, ainda temos tantos pontos em comum, alguns projectos e, acima de tudo, que gostamos muito de estar juntas a gozar as boas gargalhadas que costumamos dar! Somos sempre optimistas e temos o mesmo hábito (péssimo!!!) de não gostarmos de preocupar os outros com os nossos problemas... Mas ela 'tá lá sempre para os amigos! (Pat, a tua "mana" é mesmo uma querida.)
E agora que somos experts nas 'irinhas e nas 'iroscas com muito açucar amarelo, nada como umas boas Festarolas para celebrar a amizade! (Let´s get retarded in here!...)

segunda-feira, janeiro 03, 2005

2005

Apesar de não ter acabado muito bem, 2004 não foi um ano completamente mau...
Mas estou a fazer figas para que este corra muito melhor...
VAI TER DE SER!!!